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12/09/2013 - 11h58
 

Adubação Fosfatada Orgânica

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O fósforo é um importante macronutriente, componente estrutural de macromoléculas, como ácidos nucléicos e fosfolipídeos, e, também, da adenosina trifosfato (ATP).  É considerado elemento essencial para as plantas e encontra-se em baixa quantidade nos solos brasileiros, de maneira que os solos, por serem acentuadamente intemperizados, apresentam capacidade de troca catiônica (CTC) reduzida e adsorção aniônica alta. Esta condição proporciona redução na saturação de bases, com aumento gradual na retenção de ânions, como o fosfato, sulfato e molibdato, entre outros. Em decorrência disto, os solos mudam, gradualmente, de fonte para dreno de fósforo inorgânico (Novais & Smyth 1999). Segundo Loganathan & Fernando (1980), quando adiciona-se um fonte solúvel de fósforo a determinado solo, mais de 90% do total aplicado é adsorvido na primeira hora de contato com o solo. Novais et al. (1980) também relata que o maior tempo de contato solo-fosfato causa sua maior solubilidade, ocasionando menor disponibilidade de fósforo para as plantas. A deficiência de fósforo é problemática, pois reduz a absorção de nitrogênio, como demonstrado em diversos trabalhos (Lee 1982, Rufty et al. 1993, Schjorring 1996). O uso de fertilizantes orgânicos é uma ferramenta fundamental na recuperação de solos degradados e na produção agrícola, pois são grandes os efeitos benéficos sobre as propriedades químicas, físicas, físico-químicas e biológicas do solo. Segundo Kiehl (1985), a fertilidade do solo pode ser elevada pelo uso de fertilizantes minerais e os corretivos e fertilizantes orgânicos. A fertilidade do solo é resultado da combinação de fatores físicos, químicos e biológicos e a matéria orgânica interfere em todos estes fatores. Segundo Lopes & Teodoro (1998), as propriedades coloidais do húmus, relacionadas à agregação das partículas, conferem estabilidade estrutura ao solo. Por consequência, formam macros e microsporos, responsáveis pela aeração e pela capacidade de retenção de água. As propriedades químicasdo húmus são representadas, principalmente, pelo fornecimento de nutrientes essenciais; interação com as argilas, formando o complexo argilo-húmico, resonsável pela melhoria da capacidade de troca catiônica; poder complexante sobre metais; ação sobre a disponibilidade do fósforo; e ação estabilizante sobre variações ambintais no solo, como modificações no pH, temperatura e teor de umidade, gás carbônico e oxigênio, entre outros (Kiehl 1985). Particularmente, o aumento da disponibilidade de fósforo, em função da redução de sua adsorção às argilas, tem sido alvo de grande interesse (Haynes 1984, Afif et al. 1995, Kirk 1999, Andrade et al. 2003. David et al. 2008, Matos 2008). 

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