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02/05/2013 - 12h15
 

Adubação Flores Tropicais

Fonte: Pesquisa
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 As Flores Tropicais são muito importantes para o setor de floricultura devido às características positivas que apresentam em termos de beleza e durabilidade. Muitas espécies ornamentais tropicais são nativas do Brasil, sendo que neste país as condições edafoclimáticas favoráveis contribuem para a produção em larga escala de flores de excelente qualidade. A produção de flores tropicais no Brasil é quase em toda sua totalidade comercializada no país, porém as exportações vêm crescendo progressivamente e as perspectivas para este mercado internacional são bastante promissoras. A região Nordeste do Brasil é a maior produtora de flores tropicais do país, no entanto as culturas tropicais vêm se expandindo em vários estados, inclusive em Minas Gerais. Mesmo sendo culturas de fácil cultivo, as espécies tropicais devem ser produzidas com alguns cuidados que garantem a obtenção de qualidade do produto final.

As plantas ornamentais tropicais, flores e folhagens, destinadas ao corte são perenes e de grande beleza por seu porte e formas exóticas. Estas plantas são apreciadas em arranjos florais e nos jardins devido à rusticidade e ao valor ornamental que representam. Enquanto uma flor tradicional possui vida de vaso média de 5 dias, as flores tropicais podem durar até 20 dias, como é o caso do antúrio. A diversidade de formas, cores e a durabilidade que as flores tropicais apresentam são características positivas para a arte floral, o que tem proporcionado um significativo aumento no consumo destas espécies no Brasil e no mundo. As condições climáticas do Brasil proporcionam a produção de flores tropicais de excelente qualidade e com tonalidades mais vivas, além do que, muitas espécies são nativas. A produção de flores tropicais vem crescendo consideravelmente e muitos estados produtores têm recebido apoio governamental para o cultivo.  O Estado de Minas Gerais apresenta um grande potencial para a produção de plantas ornamentais tropicais, devido a sua aptidão climática para este setor. A produção está distribuída por todo o estado, destacando-se as regiões Norte e Zona da Mata, sendo que as principais espécies cultivadas são: antúrio, helicônias, estrelícias, bastões do imperador, gengibres ornamentais, entre outras. Além destas espécies ja cultivadas, as condições edafoclimáticas de Minas Gerais, permitem a introdução e cultivo de outras já exploradas em outros Estados do Brasil, como o cristal-azul e outras folhagens tropicais. 

 

CARACTERÍSTICA DE CULTIVO DAS PRINCÍPAIS ESPÉCIES ORNAMENTAIS TROPICAIS

1. ANTÚRIO

O Antúrio é a segunda planta tropical mais comercializada no mundo, entretanto são poucas as informações técnicas disponíveis para o cultivo desta espécie no Brasil. É uma das flores tropicais mais utilizadas e procuradas para ornamentação e seu uso como flor cortada vem aumentando à cada dia. 

 

1.1. Botânica

O Antúrio pertence à família Araceae, sendo atualmente conhecidas mais de 600 espécies e híbridos com diferentes colorações. As américas do Sul e Central são os principais centros de origem. O Antúrio é uma planta perene, de caule herbáceo consistente, ascendente, existindo também os tipos acaules. Destacam-se pela beleza da folhagem e pela grande variação na forma e no colorido de suas inflorescências. A coloração da espata é variável de acordo com a variedade podendo ser branca, creme, verde, vermelha, rosa, salmão, marrom entre outras.

 

1.2. Cultivo

A temperatura ideal de cultivo é de 25ºC à 30°C noturna, sendo que a temperatura miníma recomendada para o cultivo não deve ser inferior a 16°C. A umidade relativa ideal deve ser de 70% à 80% de sombreamento. O melhor desenvolvimento do Antúrio é obtido em solos férteis, bem drenados e com alto teor de matéria orgânica . Para o plantio são erguidos canteiros de 20cm a 30cm acima do solo e de largura de 1,00m a 1,20m. O plantio é feito em linhas, espaçadas de 40cm, e o espaçamento entre plantas é de 20cm a 25cm. O stand final deve corresponder a cerca de 40.000 a 43.000 plantas por hectare. O Antúrio necessita ser irrigado com frequência, devendo o solo ser mantido sempe úmido, sem, contudo causar excessos. Não há um sistema de irrigação recomendado para a cultura, podendo ser utilizado aspersão, micro-aspersão, gotejamento, ou mesmo infiltração. Alguns produtores ainda fazem o cultivo hidropônico. 

 

1.3. Adubação

A recomendação de adubação deve ser feita baseada na análise de solo. A aplicação de calcário deve ser feita para elevar a saturação de base a 40%, segundo recomendações. 

 

1.4. Principais Variedades

Um podutor de flores deve cultivar o maior número possível de variedades para atender adequadamente ao mercado. No Brasil, ja se dispões de variedades selecionadas para a produção comercial que foram desenvolvidas pelo Instituto Agonômico de Campinas - IAC, como: Astral (IAC 154), Cananéia (IAC 16772), Eidibel (IAC 0-11), Iguape (IAC 17236), Islã (IAC 14018), Júpter (IAC 17237), Juquia (IAC 17260), Juréia (IAC 0-5), Luau (IAC N-15), Netuno (IAC 10770), Ômega (IAC 14021) e Rubi (IAC 14019). Além dessas há ainda seleções da empresa ANTHURA.

 

1.5. Colheita e Classificação

As flores são cortadas quando a espata estiver totalemente expandida e o espádice maduro em metade do seu comprimento. Após cada corte recomenda-se a desinfestação das ferramentas. Recomenda-se que a colheita seja feita no período da manhã, o que prolonga sua vida de vaso no ponto de venda. As flores são classificadas pelo tamanho e cor e acondicionadas em caixas de papelão em dúzias, há bandejas que acondicionam 24 flores tipo extragrande ou 36 tipo grandes. No empacotamento, deve-se tomar cuidado para que uma espata não toque a outra, o que causa injúrias a flor. A base da haste é colocada em um pequeno recipiente imitando tubo de ensaio contendo solução preservativa. Após acondicionadas nas caixas, as inflorescências são cobertas com plástico transparente para evitar a desidratação.

 

1.6. Classificação das flores de acordo com os padrões internacionais

Miniatura menos que 7,6cm

Pequeno de 7,6 cm a 10,2cm

Médio de 10,2 cm a 12,7cm

Grande de 10,2 cm a 15,2cm

Extragrande maior que 15,2cm 

 

 

 

 

2. ALPÍNIAS

Correspondem as plantas ornamentais bastante utilizadas em jardins e recentemente vem sendo reconhecida como flor de corte, devido a sua durabilidade, exuberância e florescimento durante todo o ano.

 

2.1. Botânica

A Alpínia é uma planta originária das florestas e campos da Nova Calcedônia, Ilhas Salomão, Ilhas Virgens e Aquipélago Bismarck e Bouganville, todos na Oceania. Pertence a família Zingiberaceae e possuim altura variável entre 1,5cm a 7,0 cm de altura. As folhas são largas e lanceoladas ao longo dos ramos. Possui inflorescências terminais com brácteas nas cores vermelho e rosa, de brilho intenso, que protegem as pequenas flores de coloração branca.

 

2.2. Cultivo

A Alpínia desenvolve-se bem em condições de meia sombra. A temperatura otima para produção esta entre 24°C a 30°C e a umidade relativa do ar deve oscilar entre 60% a 80%. Desenvolve-se bem em solos profundos, ricos em matéria orgânica e bem drenados. Para o plantio são erguidos canteiros de 10cm a 20 cm acima do solo de comprimento variável. O plantio é feito em fileiras simples, com espaçamento de 1,25m entre as plantas e de 2,00m entre as fileiras. A irrigação pode ser feita por aspersão, micro aspersão, gotejamento ou infiltração. O solo deve ser mantido sempre úmido, sem, contudo causar excessos. A Alpínia é bastante sensível a falta de umidade do solo, podendo afetar a qualidade do produto. Os melhores resultados obtidos são com a aspersão convencional, que contribui também para conservar a umidade relativa do ar.

 

2.3. Adubação 

A recomendação de adubação é feita baseada na análise do solo. Para um solo de fertilidade média, recomenda-se a adubação com 200 a 300 gramas/planta/aplicação da fórmula (15-15-15 + micro), repetido a cada tres meses. 

 

2.4. Principais Variedades

As principais variedades ou cultivares de alpínias cultivadas comercialmente como flor de corte são: Red Ginger, Pink Ginger, Aillen Mcdonald, Jungle King e Jungle Queen. Há também cerca de 14 clones novos, denominados Kimi, os quais têm apresentado excelente produção. 

 

2.5. Colheita e Classificação

A inflorescência é colhida com o talo inteiro e intacto devendo ser o mais longo possível, o diâmetro das hastes deve ser sempre superior a 1cm. O ponto de colheita das Alpínias é quando o terço superior das brácteas ja se encontra totalmente expandido. As Alpínias são classificadas conforme o tipo e o tamanho, e tratadas e embaladas conforme o tamanho da inflorescência.

 

2.6. Tipo e Tamanho da Flor

A1 inflorescência acima de 20cm

A2 inflorescência entre 18cm e 20cm

A3 inflorescência entre 15cm e 18cm

Exótica totalmente expandida

 

 

 

 

3. ESTRELÍCIA

A Estrelícia é uma das mais importantes flores do grupo das tropicais produzidas atualmente e o grande aumento na produção de estrelícia é devido a sua beleza e curiosa forma da flor, juntamente à sua durabilidade como flor para corte. A espécie de maior interesse para produção de flores cortadas é a Strelitzia reginae, mas também são cultivadas as espécies S. juncifolia e S. nicolai

 

3.1. Botânica

A Estrelícia pertence a família Strelitziaceae. Possui folhas coriáceas, elípticas e as inflorescencias são terminais, com flores alaranjadas e muito duraveis, que se abrem em uma espata em forma de barco, com antera e estigma azuis em forma de flecha.

 

3.2. Cultivo 

A Estrlícia não apresenta boa produção em regiões de clima quente. As temperaturas ótimas para o cultivo são próximas de 25°C, sendo que a temperatura miníma para melhor produção é de 10°C. A umidade relativa ideal deve ser de 70%, e o cultivo geralmente é realizado a pleno sol ou telado, com um sombreamento entre 25 e 30%. O espaçamento para o plantio pode ser de 80 cm x 80 cm até de 150 cm x 150 cm, utilizando-se covas de dimensão 30 cm x 30 cm x 30 cm. Poucos são os cuidados exigidos ao longo do período de cultivo. Dentre estes, recomenda-se promover podas de limpeza visando retirar folhas  e outras partes da planta que estiverem secas, quebradas ou doentes. Deve-se ainda eliminar as hastes que ja tenham florescido, evitando a competição por luz. O solo deve ser mantido sempre úmido, sem, contudo causar excessos. É indicado o uso de cobertura morta, para a manutenção da temperatura e umidade do solo.

 

3.3. Adubação

Não existem informações técnicas satisfatórias para o manejo de adubação em estrelícia. De modo geral, no plantio é feito uma adubação à base de esterco curtido, aplicando cerca de 10 litros de esterco por cova. É recomendada ainda a adição de 300 g de fertilizante (04-14-08) por cova. Após essa fase, as adubações passam a ser quinzenal, observando os resultados da análise de solo, mantendo sempre o equilíbrio do NPK , na proporção de 2:1:2.

 

3.4. Colheita e Classificação

A colheita é realizada quando o primeiro florete aparece, a inflorescencia deve ser arrancada da planta e não cortada. A classificação é feita observando a coloração, tamanho da haste, ocorrência de injúrias e presença de pragas e doenças. 

 

3.5. Espécies Tamanho da Espata

Premium 17,5 a 20 cm

Standart 15 a 17,5 cm

 

 

 

 

4. HELICÔNIAS

As helicônias vêm apresentando crescente comercialização no mercado internacional, devido à exuberância de suas cores e formas. As inflorescências pendentes são mais valiosas, devido às dificuldades de seu cultivo, menor produção e maior custos de manuseio e embalagens.

 

4.1. Botânica

As helicôneas pertencem à família Heliconiaceae, são de origem tropical e ocorrem naturalmente na América Central e América do Sul. São plantas herbáceas que possuem rizomas subterrâneos, característica que facilita sua propagação. A altura varia de 1 a 6 m de acordo com a variedade. As inflorescências podem ser pendentes ou eretas, em um ou mais planos, com diferentes formatos e flores que exsudam uma grande quantidade de néctar.

 

4.2. Cultivo 

A temperatura ideal de cultivo é de 26° C diurno e 21º C noturno. A umidade relativa ideal deve ser de 60 a 80%, sendo o cultivo geralmente realizado a pleno sol ou sob telado, dependendo da espécie ou variedade a ser plantada. O plantio é feito em fileiras simples, com espaçamento de 1 m entre plantas e de 2m entre fileiras. O plantio deve ocorrer preferencialmente no início do período chuvoso. Para as espécies de flores pendentes recomenda-se o tutoramento, feito para manter as hastes eretas. Deve-se promover podas de limpeza visando retirar folhas e outras partes da planta que estiverem secas, quebradas ou doentes. Eliminar as hastes que ja tenham florescido, evitando a competição por luz. O solo deve ser mantido sempre úmido, se, contudo causar excessos. A helicônia é sensivel à falta de umidade no solo, podendo afetar em muito a qualidade do produto. O sistema de irrigação que tem apresentado melhores resultados em cultivo de helicônias é a aspersão convencional, mas pode ser usado a micro-aspersão, gotejamento ou mesmo infiltração.

 

4.3. Adubação 

A recomendação de adubação é feita baseada na anãlise de solo. Para solos de fertilidade média recomenda-se no plantio adubação com NPK (14-28-14) e micro nutriente, na quantidade de 150 g por cova. Trimestralmente deve se fazer a aplicação de 200 à 300 g por planta da fómula (15-05-15 + micronutrientes). Recomenda-se a incorporação de matéria orgânica (esterco de aves ou esterco de curral bem curtido) na dosagem de 10 a 15 kg por m² ao ano parcelada em, pelo menos, 4 aplicações, ou seja, a cada 3 meses.

 

4.4. Escolha da Variedade

A variedade a ser plantada deve ser escolhida conforme a demanda de mercado. Um produtor de flores deve cultivar o maor numero possível de variedades para atender adequadamente ao mercado. As principais espécies e cultivares indicadas para o cultivo comercial são: Heliconia angustra, H. psittacorum, H bihai, H caribaea, H. stricta, H. rostrata, H. chartacea, H. golden torch, H. wagneriana, H. sexy pink, entre outras.  

 

4.5. Colheita e Classificação

Para obter-se boa durabilidade das inflorescências, as plantas devem estar muito bem hidratadas antes da colheita, o que se recomenda regar o cultivo na noite em que antecederá o corte. As hastes florais devem ser colhidas quando apresentam de duas a cinco brácteas abertas. O comprimento da hastevaria de acordo com a espécie. As hastes são cortadas em diagonal na base da planta, deixando pelo menos de 10 a 15 cm do pseudocaule da haste. 

 

4.6. Espécies Tamanho da Haste

Helicônias grandes e pendentes 0,90 a 1,20 m

Helicônias medianas 0,50 a 0,90 m

Helicônias pendentes 0,40 a 0,60 m

 

 

 

 

5. GENGIBRE ORNAMENTAL (SORVETÃO)

É uma planta ornamental ainda pouco difundida, mas com imensas perspectiva de crescimento de seu cultivo, quer como flor de corte ou como flores para jardins.

 

5.1. Botânica

 O gengibre ornamental pertence à família Zingiberaceae, originária da Malásia, de 1,5 a 2,0 m de altura, com hastes mais ou menos eretas semelhante a cana. As folhas são alongadas e aveludadas na face inferior. Possui inflorescências terminais, formadas no período de outubro a fevereiro, de cor amarela, aproximadamente 18 a 20 cm, sustentadas por hastes eretas de 50 a 80 cm de comprimento originadas diretamente no rizoma. A inflorescência possui forma cilíndrica, com aspecto de cerosidade, sendo que ao tempo que se desenvolve passa da cor amarela para vermelha contendo pequenas flores brancas com o centro arroxeado. 

 

5.2. Cultivo

A temperatura ideal de cultivo esta situada entre 22 e 35° C. A umidade relativa ideal deve ser de 60 a 80%. Floresce bem a pleno sol, mas desenvolve-se bem melhor e locais sombreados. O uso de quebra ventos é recomendado. O plantio é feito em linhas simples, com um espaçamento de 1,00 m entre plantas e 2,00 m entre fileiras. O plantio pode ser feito diretamente no campo, ou em recipientes para um posterior transplante. Neste caso, as mudas são levadas ao campo quando atingirem cerca de 40 cm de altura . É importante manter o cultivo livre de plantas daninhas, promover podas de limpeza visando retirar folhas quebradas, secas ou doentes. A irrigação pode ser feita por aspersão, micro aspersão ou infiltração. O solo deve ser mantido sempre úmido, pois a falta de umidade pode afetar a qualidade do produto.

 

5.3. Adubação

Recomenda-se adubações com a formulação 14-28-14 + micronutrientes na dosagem de 150 g/cova, logo após a safra. Após três meses deve ser feita nova aplicação de 200 g/cova da formulação 15-15-15 + micronutrientes; e tres meses depois, com a fórmula 15-03-31 + micronutrientes na dosagem de 200 g/cova, repetindo essa aplicação tres meses antes da safra. 

 

5.4. Colheita e Classificação

Recomenda-se que o corte das hastes seja feito no período da manhã, o que prolonga a vida de vaso no ponto de venda. As plantas devem estar bem hidratadas antes da colheita, para isso é recomendado irrigar o cultivo na noite anterior à colheita.  A inflorescência é removida com o talo inteiro, intacto, que deve ser o mais longo possível. A colheita pode ser feita desde a fase de botão, até com a inflorescência totalmente expandida. O tamanho ideal da inflorescência é de 15 a 20 cm, mas em alguns casos esse tamanho pode ser superor a 20 cm.

 

 

 

 

6. BASTÃO DO IMPERADOR

O Bastão do mperador é uma planta ornamental ainda pouco difundida no mercado de flores, mas com imensas perspectivas de aplicações, quer como flor de corte, quer como em composição paisagística , jardins e bosques. 

 

6.1. Botânica

O Bastão do Imperados é uma herbácea rizomatoza originária da Malásia, e pertencente à família Zingiberaceae. Suas hastes alcançam de 2 m a 4 m de altura, são eretas e parecidas com cana-de-açúcar, com folhas grandes, alongadas e levemente rosadas. Possuem inflorescências grandes de forma piramidal, com escama verde e brácteas nas cores vermelha, rosa e bege. 

 

6.2. Cultivo

A temperatura ideal para cultivo do Bastão do Imperador é de 22º a 35ºC diurno e de 18º a 27ºC noturno. A umidade relativa ideal deve ser de 70 a 80%, sendo o cultivo geralmente realizado a pleno sol ou em locais parcialmente sombreados. O melhor desenvolvimento do Bastão do Imperador em solos ricos em matéria orgânica, profundo e porosos, de preferência bem drenados. Para o plantio são erguidos leiras de 10 a 20 cm acima do solo. O plantio é feito em linhas, espaçadas de 2,5m, e o espaçamento entre plantas é de 1,25m. O stand final deve corresponder à cerca de 3.200 plantas por hectare. O solo deve ser mantido sempre úmido, sem, contudo causar excessos. Como toda Zingiberaceae, o Bastão do Imperador é bastante sensível a falta de umidado no solo. Não há um sistema de irrigação recomendado para a cultura, podendo ser utilizada aspersão, micro-aspersão, gotejamento ou mesmo infiltração.

 

6.3. Adubação

A recomendação de adubação deve ser feita baseada na análise de solo. Em solos de fertilidade média, recomenda-se a adubação com 300 g/cova com a fórmulação 04-14-08 + micronutrientes. Durante o cultivo deve-se fazer adubações sistemáticas com NPK associado a micronutrientes, utilizando-se 200 a 300 g/touceira/aplicação da formulação 20-15-15 , parcelada em quatro aplicações. A incorporação de matéria orgânica (esterco de aves, ou esterco de curral bem curtido) deve ser feita na dosagem de 20 litros por cova.

 

6.4. Variedades

Comercialmente quatro cultivares são explorados: Red Torch (inflorescências com brácteas vermelhas), Pink Torch e Porcelana (inflorescências com brácteas rosadas) e uma bráctas rubras (em formato de tulipa). 

 

6.5. Colheita e Classificação

Recomenda-se que o corte das hastes seja feito no período da manhã, o que prolonga a vida de vaso no ponto de venda. Desde a colheita no campo as hastesdevem estar imersas em água. A inflorescência tem diferentes pontos de colheita, desde botão, até o de brácteas totalmente expandidas. O tamanho mínimo das hastes deve ser de 60 cm. 

 

 

 

 

7. CRISTAL AZUL

Atualmente o Brasil, principalmente a região Nordeste tem produzido a calathea como flor de corte. Dentre outras, a espécie Calathea burle maxii, tem sido cultivada devido à beleza e coloração que pode ser branca, verde ou azul ("Ice Blue" popurlamente conhecida como "Cristal Azul"). Não há ainda registro de produção comercial desta espécie em Minas Gerais, apesar das condições climáticas e de mercado serem bastante favoráveis ao seu cultivo.

 

7.1. Botânica

A espécie azul cristal é uma planta que forma touceira com folhas de formato levemente oval e lanceolado. As folhas possuem aproximadamente 75cm de comprimento e 30cm de pedíolo. A planta pode atingir uma altura que varia de 0,80 a 1,5m, em touceiras de 1,2 de largura.  A inflorescência e´do tipo espiga de 12 a 18cm de comprimento, com brácteas azuis e flores arrozeadas e delicadas. 

 

7.2. Cultivo

É uma planta que não tolera temperaturas muito baixas e requer sombreamento, solo bem drenado e boa disponibilidade de água para o cultivo . No Nordeste a produção tem sido conduzida em 80% de somreamento. As plantas são bastante exigentes em solo orgânicos, bem porosos e bastante drenados. Reproduz-se por sementes o que é bastante viável, por divisão de touceiras e também, cada flor após entrar em senescência, formam mudas bastante vigorosas. O cultivo de Cristal Azul ainda é bastante recente no Brasil, não havendo ainda muitas informações técnicas.

 

 

 

Fonte: Pesquisa